segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Cristão Ortodoxo na era da informação - Parte 3

Protopresbítero Gregory Naumenko
pároco da Igreja da Proteção da Mãe de Deus, em Rochester, 
Estado de New York, EUA.
Palestra proferida na 33a. Conferência Anual da Juventude Ortodoxa Russa (em 13/26 de dezembro de 1997), realizada na Igreja do Ícone da Alegria de Todos os Que Sofrem, em Geelong, Estado de Victoria, Austrália.


Assim, o correspondente a um "insumo" (mental) disperso é um "produto" disperso. O automóvel, o telefone, o computador, o fax, a televisão, o videocassete colaboram nessa dispersão ao proporcionar uma "liberdade" de ação que tende a me escravizar. Fica tão fácil ir a algum outro lugar, seja através de uma tela, de linhas telefônicas ou de motores a gasolina, que o turbilhão de idas e vindas incessantes substitui o trabalho duro de atenção interior ao presente plenamente dimensionado. Encorajado a voltear para onde quiser com menos que um instante de premeditação, eu nunca estou plenamente aqui, ou ali, ou em qualquer lugar que seja.

Mas alguém dirá: "Padre Gregory, o senhor está superpondo minhas diferentes atividades. Eu tenho um tempo para a oração, um tempo para a contemplação, e um tempo diferente para minhas outras ocupações: o jornal, o computador, a televisão e tal." Mas nós conseguimos de fato compartimentalizar a nossa vida espiritual a esse ponto? Podemos recitar nossas orações matinais e em seguida nos esquecermos de Deus e da espiritualidade, transformando-nos totalmente num ser completamente secular, mais ou menos como o Dr. Jekyll e o Sr. Hyde, tornando-nos espiritualmente ativos de novo apenas quando for hora de recitar nossas orações vespertinas? Ou inversamente: é possível para nós impedirmos nosso cérebro disperso, submetido o dia inteiro à Sobrecarga Sensorial Informativa, de continuar tentando extrair algum sentido de tudo isso, enquanto nós estamos futilmente tentando nos concentrar em nossas orações vespertinas?

Eu tenho certeza que todos os Padres aqui presentes confirmarão que a queixa
mais comum ouvida nas confissões é a completa incapacidade de se concentrar durante a oração. É claro que isso não é nada surpreendente: depois de um dia todo fazendo isso e aquilo, quando nos postamos perante nossos ícones ao anoitecer, esse pode bem ser o primeiro momento em que paramos de correr de um lado para o outro desde que amanheceu. Fisicamente nós paramos para aquele momento, mas mentalmente as engrenagens continuam girando.

Seria muito melhor para todos nós se nos puséssemos a cumprir aquilo que o Apóstolo Paulo suplica que façamos: Orai sem cessar (1 Tess. 5:17). Isso quer dizer: após o término de nossas orações matinais, continuarmos conscientes, o dia inteiro, de que estamos na presença do Senhor. Uma boa maneira de conseguir isso na prática é dizer a Oração de Jesus em todo momento possível em que nossa mente e nossos lábios estejam desocupados: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador. Ou, como Teófano o Recluso aconselha, simplesmente nos lembrarmos em nossos pensamentos que Deus está sempre presente conosco. Mesmo nas horas em que nossa mente está intensamente ocupada com as tarefas do dia, se nós constantemente percebermos que estamos na presença de Deus, então será mais fácil para nós desenvolvermos a virtude, será mais difícil pecar, e quando o dia terminar e estivermos perante nossos ícones em casa, nós não nos sentiremos tão estranhos a Deus, tão distantes Dele. Afinal, nós teremos conversado com Ele o dia inteiro.

OUÇAMOS OS SANTOS PADRES

Irmãos e irmãs: todos nós, jovens e velhos, homens e mulheres, padres e leigos, e até monges somos afetados pelo mundo desequilibrado que nos rodeia. Todos estamos sujeitos, em maior ou menor grau, à Sobrecarga Sensorial Informativa. Nossa vida espiritual não pode senão padecer com isso. O que devemos fazer? Aconselhemo-nos com os Santos Padres. Temos tempo para dois somente, embora haja uma oferta quase ilimitada de escritos aplicáveis que seriam de valia para nós. Mas estes já serão suficientes. O primeiro é um excerto do diário de pensamentos de São João de Kronstadt, Minha Vida em Cristo. O segundo é uma carta de Teófano o Recluso para um de seus filhos espirituais.

Eu realmente acredito que, se nós ouvirmos o conselho desses padres de épocas recentes, sem dúvida vamos nos beneficiar. São João de Kronstadt escreve como se o estivesse fazendo especialmente para nós. Ouçamos:

"Ao ocupar-se com a vaidade e com prazeres vãos, você não tem nem tempo nem desejo de penetrar no espírito da religião cristã, dos ofícios divinos cristãos, e de conhecer as regras da Igreja, o propósito das festas da Igreja Ortodoxa, dos jejuns... Você às vezes sabe de cor uma peça que está em cartaz no teatro. [São João fala aqui do teatro, mas se então já existissem a TV, os cinemas, os videogames interativos e coisas do tipo, sem dúvida ele faria objeções ainda mais fortes. O Batiushka continua:] Você sabe em quantas cenas a peça atual se divide, e quais são seus conteúdos, no geral e em particular; todavia você não conhece a essência dos Mistérios, embora eles dêem a vida eterna e as inefáveis bênçãos dessa vida àqueles que os recebem dignamente. Você não conhece a essência dos ofícios divinos da Santa Igreja Ortodoxa, sua Mãe, que nutre, aquece, purifica, santifica e fortalece você em seu seio santo e maternal. Você não conhece a natureza e o significado dos ofícios vesperais e matinais, nem da Liturgia, da salmodia costumeira ou das leituras e ritos da Igreja. Algumas pessoas justificam a arte dramática, e a chamam de instrutiva e moral, ou inofensiva, ou ao menos um mal menor em comparação com a bebedeira e a devassidão; e, com esse objetivo, elas se empenham em organizar apresentações teatrais por toda parte. É surpreendente que cristãos não encontrem nenhum modo melhor de gastar seu precioso tempo do que no teatro, que, tanto por sua origem quanto por seu sentido, ainda hoje preserva um caráter pagão e idólatra, um caráter de vaidade e frivolidade -- um caráter que, em geral, mostra em si a plena reflexão de todas as paixões e deformidades deste mundo: da luxúria da carne, da luxúria dos olhos, e do orgulho da vida; e apenas raramente, muito raramente, representa o valor dos filhos de seu país. E mesmo então, é claro, trata-se do país terreno, e não do celestial.

"Tudo o que é celestial, santo, portador do selo do Cristianismo é estranho ao teatro; e, se às vezes aparece no palco, é para ser objeto de ridículo. O próprio nome de Deus, terrível para toda criatura, ali só é pronunciado levianamente, com escárnio e zombaria. A vocação sagrada (por exemplo, a vocação monástica, a vocação angélica) é exposta ao ridículo; o respeito às autoridades, aos pais e ao clero é comprometido quando quaisquer ações condenáveis dessas pessoas são publicamente expostas ao ridículo -- e perante a sociedade inteira, perante jovens imprudentes e até crianças, para quem os nomes de seus pais e superiores deveriam ser sagrados. Uma única palavra desrespeitosa ou imprópria acerca de seus maiores às vezes é suficiente para comprometer o respeito que lhes é devido. Será que os cristãos ficaram tão imprudentes que não encontram meio melhor de gastar seu tempo precioso do que nos teatros, pelos quais abandonam até o templo de Deus e o serviço divino? E o precioso tempo das festas, dado por Deus para instrução nas Sagradas Escrituras, em reflexões salutares e em ações virtuosas, eles o dissipam no riso e no estúpido aplauso dos teatros. "Não; digam o que quiserem, teatros são uma instituição ímpia. Apenas penetre em seu espírito para e você concordará que eles são escolas de incredulidade, de mofa e do insolente ridículo a tudo, e que são depravados. Ai daquela sociedade na qual há muitos teatros e que ama freqüentá-los! É verdade que, ocasionalmente, o teatro é o mal menor para aqueles que são maus. Dê ouvidos à opinião popular, à opinião daqueles que visitaram o teatro muitas vezes; eles não hesitam em dizer que o teatro leva à depravação. Apenas os cegos, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos (II Cor. 4:4), dizem que o teatro é moral. Não; os cristãos devem perseverantemente estudar sua religião; eles devem ler o Evangelho mais freqüentemente, estudar os ofícios divinos, cumprir os mandamentos e regras da Igreja; ler os escritos dos Santos Padres e as publicações religiosas, para se imbuírem do espírito do Cristianismo e para viverem de uma maneira cristã. Essas devem ser suas ocupações e suas recreações.”

Esses são os conselhos de São João de Kronstadt. Agora voltemo-nos para Teófano o Recluso para vermos o que podemos recolher deste grande conselheiro ortodoxo dos tempos modernos. Na carta seguinte, o Bispo Teófano aconselha um filho espiritual sobre a leitura de livros seculares, mas nós podemos facilmente aplicar suas recomendações aos outros meios da Era da Informação. Ouçamos o que ele tem a dizer: "Atendendo a seu pedido, estou enviando a você os escritos de Santo Antônio.

Leia-os e mantenha-se absorto neles. Você ficará assombrado. Ele não era um erudito e não lia livros eruditos: só declamava o Saltério e lia o Novo Testamento. Todavia a Graça de Deus revelava coisas à sua mente de maneira intuitiva, e você verá quão sapientíssimos são seus dizeres. Há o relato de uma testemunha ocular de que, quando ele começava a falar, seu discurso fluía como um rio; brotando de seu coração, ele enchia os corações de todos os seus ouvintes.

Às vezes noites inteiras se passavam em tais conversações, e nem ele nem seus ouvintes conheciam o cansaço ou sentiam o desejo de dormir. Também aqui, em nosso país, o Pe. Serafim de Sarov não era um homem instruído; mas as experiências de uma vida espiritual e de absorção na Palavra de Deus e os escritos dos Padres tornaram-no um sábio entre os sábios. Na vida espiritual, livros são somente guias. O conhecimento real é obtido através da prática. Mesmo aquilo que se aprende pela leitura, claro e detalhado o quanto for, ao ser testado na prática aparece sob uma luz completamente diferente. A vida espiritual é um mundo especial no qual a sabedoria dos homens não pode penetrar. Você mesmo experimentará isso, ou já está experimentando. Labute sobre si mesmo e preste atenção em si.

Muito vagarosamente, pouco a pouco, você também chegará ao ponto de começar a entabular uma conversação sábia -- e tal que alguém poderá até se sentar e tomar nota. Que o Senhor o abençoe! "Você escreve: 'Eu leio muito. Isso é ruim?' Pode ser bom ou ruim, dependendo do que você lê e de como lê. Leia refletidamente e confira o que você leu com a verdade inerrante de nossa fé. Tudo o que concordar com ela, aceite; e tudo o que não concordar, rejeite imediatamente como um pensamento oposto a Deus, e pare de ler o livro no qual tais pensamentos são expostos.

Você tem se dedicado a estudar a vida espiritual. Esse é um assunto que abarca muita coisa e é elevado e doce ao coração -- que não pode ver senão nele seu próprio bem último. Você já começou; então aprenda, quer pelos livros ou, ainda mais, pela prática. Você já sabe quais livros ler e como ajustar sua vida de acordo com eles. Se você seriamente deseja trilhar esse caminho, então não terá tempo para se voltar ao estudo de outros assuntos. Você freqüentou a escola e tem uma compreensão geral das coisas. Isso lhe basta.

"Você dirá: 'Bem, desse jeito não se fica defasado em relação aos nossos tempos?' Qual é o problema com isso? Estar atrasado em uma área, mas ser excelente em outra (e numa muito superior). Se, enquanto você estivesse se descompassando com as filosofias dos homens, você não progredisse na sabedoria de Deus, isso seria uma perda. Mas como você indubitavelmente progredirá nesta última, caso se aplicar como deve, então você não experimentará uma perda, mas ganhará uma vantagem maior. Pois a especulação filosófica humana não pode sequer ser comparada à sabedoria espiritual.

"Ao falar desse modo, eu não quero dizer que não se possa ler mais nada; mas apenas que se pode passar sem nada e também sem detrimento algum, ao passo que, se alguém se inclina por outras leituras, isso pode prejudicar aquilo que é mais importante. Se você buscar duas coisas, não conseguirá nenhuma.

"Mas a pergunta ainda permanece sem resposta: pode-se ler outras coisas além daquilo que é espiritual? Relutantemente e com voz quase inaudível eu digo: se você quiser, sim -- apenas um pouco, e não sem seletividade. Use este indicador: se, ao estar numa boa disposição espiritual, você se encontrar lendo uma obra do raciocínio humano e sua boa disposição de espírito começar a morrer, então abandone esse livro. Que essa seja uma regra geral para você.

"Mas mesmo obras do raciocínio humano podem alimentar o espírito. Tais são aquelas que nos mostram, na natureza ou na história, evidências da grande sabedoria, bondade, justiça e sempre cuidadosa Providência de Deus. Leia esses livros. Deus Se revela na natureza e na história tanto quanto em Sua Palavra. Também elas são livros de Deus para aqueles que são capazes de lê-los.

"É fácil dizer: 'leia esses livros'; mas onde se pode encontrá-los? Isso eu não tenho como dizer a você. Hoje estão sendo publicados mais livros nas áreas das ciências naturais. Mas quase todos eles têm uma má inclinação, a saber: eles tentam explicar a origem do mundo sem Deus, e sem nenhuma das manifestações da vida espiritual em nós -- morais, religiosas e outras --; sem o espírito, sem a alma. Não encoste a mão nesses livros. Há livros sobre assuntos científicos sem tais filosofias; esses você pode ler. É bom adquirir uma compreensão da estrutura das plantas e dos animais, especialmente do homem, e das leis da vida que neles são aparentes. Grande é a sabedoria de Deus em tudo isso! Ela é incomensurável! Para descobrir quais são exatamente os livros desse gênero, pergunte a alguém que fale entusiasticamente sobre matérias de fé.

"E contos e romances? Mesmo entre esses livros há alguns que são bons. Mas, para descobrir se são bons ou não, você tem que lê-los; e, ao lê-los, você assimilará fábulas e imagens tais que -- Deus nos proteja! -- você manchará sua mente pura. Mais tarde, vá purificar-se. Mas qual é o sentido de se impor tal trabalho?! Portanto, eu acho melhor não lê-los. Quando alguma pessoa correta tiver lido uma certa história e a recomendar, então você pode lê-la.

"Há também boas descrições da Terra. E essas você pode ler. Mas de tudo isso só um pouco por vez, e apenas para diversificar. Mantenha o seu propósito e não distraia sua atenção dele. Que o Senhor o abençoe!”
Caros Irmãos e Irmãs: muito se falou, muito se discutiu. Muito há que ser aplicado a nossas vidas. Mas como integraremos na prática tudo isso em nossas vidas? Eu tenho uma proposta prática, uma espécie de experimento. Não é radical, não é nada de novo. É apenas aquilo que a Igreja há quase dois mil anos tem prescrito aos seus membros em períodos de jejum. Tudo o que fiz foi organizar isso numa conveniente lista de controle, da qual fiz cópias para cada um de vocês. Eu gostaria de verificar esta lista e discuti-la; depois eu terei prazer em responder a quaisquer perguntas que vocês tenham acerca do que foi dito.

O que esse experimento implica? Esta peregrinação termina no dia 26 de dezembro, de acordo com o calendário secular. Isso nos deixa exatamente doze dias até a Grande Festa da Natividade de Nosso Senhor. Façamos todos o seguinte, pelo período inteiro que vai desde quando sairmos daqui até a Festa:

Lista de Controle de Atividades Espiritualmente Necessárias Para os Últimos Doze Dias do Jejum da Natividade(*) que Prepara a Grande Festa da Natividade de Nosso Senhor · Abstenha-se, todos os dias, de todos os alimentos incompatíveis com o jejum (todos os produtos da carne, dos ovos e do leite).

· Pelo menos nas quartas e nas sextas-feiras, abstenha-se dos produtos de peixe também.

· Nada de festas (inclusive o Ano Novo secular), nada de noites na cidade, nada de concertos ou coisas do tipo.

· A única música a ser ouvida são gravações apropriadas do canto eclesiástico. Nenhum outro tipo de música até a Natividade, nem mesmo "clássica". (A única exceção permitida é se a prática de um instrumento musical ou do canto fizer parte de seus estudos.)

· Absolutamente nada de televisão, de rádio, de cinema, de videogames ou jogos de computador durante esses doze dias. Para informação meteorológica, use o serviço telefônico gratuito disque-tempo, mencionado na sua lista telefônica sob a rubrica "previsão do tempo".

· O computador é para ser usado apenas se for parte de seu trabalho, de seus estudos ou se for necessário para a sua correspondência pessoal. Nada de usos frívolos.

· Compareça a todas as celebrações possíveis que forem realizadas em sua paróquia durante esse período. Mesmo se isso implicar pedir licença do trabalho ou da escola, tente fazer isso com todas as celebrações. Chegue antes do começo da cerimônia e permaneça até que ela de fato termine. Faça um esforço para compreender os ofícios e participar deles.

· Com a bênção de seu pai espiritual (que normalmente é o seu pároco), prepare-se adequadamente e receba a Santa Confissão e a Comunhão em todas as Divinas Liturgias da sua paróquia até e inclusive a Natividade.

· Todos os dias, levante-se cedo o bastante para recitar com atenção todas as orações matinais impressas no livro de orações. Profira a Oração de Jesus, repetidamente, em todas as oportunidades ao longo do dia: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador! Certifique-se de que você está rezando antes e depois das refeições. Recite suas orações vespertinas imediatamente depois do jantar. Não espere para rezar suas orações vespertinas quando você estiver tão cansado que não conseguir sequer pensar.

· Todo dia, logo depois das orações matinais, leia pelo menos um pouquinho (5-10 minutos está bom) das Sagradas Escrituras do Novo Testamento (um pouco do Evangelho e um pouco das Epístolas dos Apóstolos).

· Estabeleça algum horário regular para, todo dia, ler uma porção dimensionada (10-15 minutos está bom) dos escritos dos Santos Padres (Minha Vida em Cristo de São João de Kronstadt é um bom começo).

· Seja extraordinariamente amoroso com as outras pessoas ao seu redor. Trate-as com ternura, como você gostaria que elas o tratassem. Se alguém de qualquer modo fizer mal a você, prontamente o perdoe e esqueça isso, completamente e para sempre.

· Se de qualquer modo isso for possível, seja extraordinariamente caridoso para com os necessitados e as causas justas, doando não do seu excedente, mas da sua subsistência.
. Novamente, irmãos e irmãs: os itens dessa lista são coisas que já deveríamos estar fazendo, algumas durante os períodos de jejum e outras durante todo o tempo. Tentemos verdadeiramente cumprir na íntegra essa lista de controle pelos doze dias que antecedem nosso Natal ortodoxo. Eu posso assegurar a vocês que, se vocês forem capazes de cumprir a maioria das recomendações, isso vai mudar completamente suas vidas -- para melhor. Vocês vão aguardar ansiosamente o próximo jejum, e serão capazes de lidar com as dificuldades da vida de modo muito mais sábio. Mas o que é mais importante: vocês terão dado um importante passo na direção da salvação de suas almas.

Os primeiros dias serão os mais difíceis. Vocês vão mesmo ensaiar uma retirada. Mas não desistam. Peçam a ajuda de Deus, e Ele os ajudará. E se vocês perseverarem, então, quando a Festa enfim chegar, Deus certamente fará brilhar sobre vocês a luz do conhecimento. E vocês acharão tão natural, tão fácil adorar Aquele que é o Sol da Justiça e conhecer Aquele que é a Aurora do Alto! Ó Senhor nosso Deus, nós cremos; ajuda a nossa incredulidade. Pela intercessão da Santíssima Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria, ajuda-nos a permanecer firmes nestes tempos de tentação e a nos aproximarmos sempre mais de Ti! Pois a Ti é devida toda a honra e glória, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! (*) Esta palestra foi proferida durante o Jejum da Natividade. Contudo, os mesmos conceitos e a mesma lista de controle podem ser usados para os outros Jejuns do ano eclesiástico.

FIM


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